Foto: Mahmoud Zayyat/AFP chineses.
O conflito entre Israel e Hamas mobiliza uma série de forças de ambos os lados. Após sofrer ataques terroristas no último dia 7, Israel decidiu mobilizar 360 mil dos 400 mil reservistas do país para a ofensiva na Faixa de Gaza, que se somavam aos mais de 169 mil militares. O Exército do país conta com o apoio de uma das indústrias armamentistas mais avançadas, especialmente o poderoso sistema de defesa antimísseis: o “Domo de Ferro”.
Em conflito quase permanente desde a sua criação, em 1948, Israel conta com cerca de 1.300 carros de combate e outros blindados, artilharia, drones, submarinos e 345 caças, segundo o IISS. Considera-se que Israel possui ogivas nucleares, apesar de o país não declarar oficialmente.
O Estado judeu também se beneficia da ajuda constante dos Estados Unidos com um programa de cooperação militar que, em 2021, superava os 125 bilhões de dólares (cerca de R$ 632 bilhões, na cotação atual) desde 1948. Todo esse contingente é utilizado em conflitos contra outros grupos que também atuam no Oriente Médio.
Al-Qaeda
Responsável pelos atentados de 11 de setembro de 2001 — entre outros alvos, contra as Torres Gêmeas —, o grupo al-Qaeda perdeu seu principal líder e responsável pelos ataques contra os Estados Unidos em 2011, quando ele foi morto por forças americanas. À frente do grupo estaria, a partir de então, Ayman al-Zawahiri, que, no entanto, também seria morto pelos EUA no ano passado.
Uma reportagem do jornal britânico The Telegraph aponta que, pouco antes de realizar os ataques de 11 de setembro, o grupo tinha cerca de 170 agentes, com Osama Bin Laden, tido como líder do grupo na ocasião, sendo o alistado “número 1”. O grupo foi um dos que mais perdeu força ao longo dos anos, segundo estimativas de 2021 feitas pela ONU. Mesmo assim, ainda teria cerca de 250 mil membros, espalhados por cerca de 20 células espalhadas pelo mundo.
Hamas
O movimento palestino Hamas se apoia em um arsenal variado, acumulado durante muitos anos. Seu armamento pesado procede de Irã, Síria, Líbia e de outros países do Oriente Médio. Suas armas curtas e fuzis de assalto vêm da China, de países do Leste da Europa e de estoques israelenses apreendidos durante os combates, assegura um especialista ocidental em armamento conhecido como Calibre Obscura na rede social X (antigo Twitter) e que se mantém em anonimato.
A maioria dos foguetes é fabricada localmente e são modelos rústicos. O grupo também está equipado com drones, minas, artefatos explosivos improvisados, mísseis anticarro teleguiados, lança-granadas, morteiros, segundo outras fontes ocidentais. Não há registro disponível sobre seu número.
Hezbollah
Os enfrentamentos se multiplicam na fronteira com o Líbano entre Israel e o movimento pró-iraniano Hezbollah.
“O Hezbollah pode mobilizar recursos do Exército israelense sem se envolver completamente”, estima o centro de reflexão nova-iorquino Soufan Center, em referência a “ataques ocasionais com mísseis e foguetes” para obrigar Israel a manter forças estacionadas em sua fronteira norte.
Em 2021, o grupo afirmou que tinha 100 mil combatentes. O INSS israelense estima a metade. Já Eva Koulouriotis aponta que o grupo possui 20 mil combatentes bem treinados e uma reserva de 50 mil “com menor treinamento, que inclui três meses de formação no Líbano e outros três no Irã”.
O INSS avalia o arsenal de Hezbollah entre 150 mil e 200 mil foguetes e mísseis de todos os tipos, entre eles “centenas de mísseis de precisão”. Em maio, o grupo organizou exercícios no sul de Líbano, exibindo sistemas de armas iranianos, sírios, russos e chineses.
O Globo