O número de homens que não tem amigos próximos cresceu, revelou uma pesquisa, que comparou dados de três décadas atrás para embasar o estudo.
A mudança social vivenciada pelo mundo resultou em um aumento de cinco vezes o número de homens que declaram não ter amigos próximos, segundo o estudo conduzido pelo instituto Survey Center on American Life.
O estudo, realizado entre 14 e 23 de maio, envolveu entrevistas com uma amostra aleatória de 2.019 adultos que vivem nos Estados Unidos e mostra que apenas 59% dos entrevistados, em geral, relatam ter um melhor amigo hoje, em comparação com 77% em 1990.
Há 30 anos, 55% dos homens diziam ter pelo menos seis amigos próximos, cenário completamente diferente atualmente: apenas 27% dos homens agora relatam o mesmo.
Cerca de 15% agora dizem que não têm amigos íntimos, em comparação com 3% em 1990, de acordo com informações do portal The Christian Post.
Refúgio na família
Daniel A. Cox, pesquisador de opinião pública e diretor do instituto, disse que embora as mulheres também tenham experimentado um declínio nas amizades, apenas 10% relataram não ter amigos próximos.
Ele explicou que o declínio nas amizades íntimas é especialmente preocupante para jovens adultos e solteiros que tradicionalmente dependem de seus amigos para apoio emocional e pessoal.
Com a tendência de mudança, os dados mostram que os jovens estão cada vez mais se voltando para os pais em busca de apoio, à medida que a rede de amigos diminui.
Cerca de 45% dos rapazes relataram recorrer a amigos em busca de apoio quando enfrentavam problemas pessoais em 1990, em comparação com 22% que o fazem hoje. Cerca de 36% dizem que a primeira pessoa a quem pedem ajuda são os pais.
Isolamento faz mal
Entre as forças destacadas como fatores causadores da tendência de mudança nas amizades estão as pessoas que se casam mais tarde e têm maior mobilidade geográfica.
Estudos também mostram que os pais estão gastando duas vezes mais tempo com seus filhos do que as gerações anteriores e trabalham mais horas.
O estudo mostra que cerca de 53% dos entrevistados afirmam que a primeira pessoa com quem conversam quando têm um problema pessoal é seu cônjuge ou parceiro.
Para os homens, de acordo com um estudo anterior, são as mulheres que carregam o fardo da falta de sua falta de amizades.
“Os homens geralmente não se esforçam para manter amizades depois de casados”, disse a artista Lindsay Johnson, ilustrando um cenário.
“Os caras do trabalho são as únicas pessoas – além de mim – com quem meu marido fala, então quando alguns desses homens se aposentam, eles esperam que suas esposas sejam sua fonte de entretenimento e até ficam com ciúmes por terem uma vida”, contextualizou.
O Dr. Geoffrey Greif, sociólogo e autor deu um livro sobre o tema, intitulado Buddy System: Understanding Male Friendships (“Sistema de camaradagem: compreendendo as amizades masculinas”, em tradução livre), explicou que os homens desenvolvem amizades trabalhando ou fazendo coisas juntos, como assistir esportes e ir a eventos.
Entretanto, ele fez uma ponderação: “À medida que envelhecemos e assumimos mais responsabilidades no trabalho e em casa, os homens normalmente têm menos tempo para essas atividades compartilhadas, o que pode ser isolador”.
Ter amigos, explicou à publicação, “é um componente crítico de uma vida saudável, tanto para homens quanto para mulheres”. Os benefícios de saúde de ter amigos incluem: redução da pressão arterial, menor índice de massa corporal, menor probabilidade de sofrer de depressão e viver até 22% mais.
“O AMIGO AMA EM TODOS OS MOMENTOS; É UM IRMÃO NA ADVERSIDADE”. –PROVÉRBIOS 17:17
Fonte: Gospel+