Postado em: 25 de março de 2021 | Por: Ezequiel Neves

Sem beijo, de máscara: prostitutas criam regras para trabalhar na pandemia

Luza Maria Silva, 49, é trabalhadora sexual desde os 16 anosImagem: Arquivo pessoal



Luiza Souto

De Universa


A paraense Maria Elias, 43 anos, e a maranhense Luza Maria, 49, se prostituem há mais de duas décadas e dependem desse trabalho para se sustentarem. Com a pandemia do coronavírus, elas e outras trabalhadoras sexuais viram o número de clientes diminuir — e o dinheiro sumir. Sem outra fonte de renda e sem poder fazer isolamento social, tiveram que voltar às ruas mesmo sabendo do alto risco de se infectarem.

Presidente do Coletivo Coisa de Puta +, que atua pelos direitos das trabalhadoras sexuais, Maria Elias conta que, em um ano, perdeu dez amigas de trabalho para a covid-19. A solução encontrada por ela, Luza e outras colegas para trabalhar com menos riscos de contrair o coronavírus, já que o distanciamento social é impossível no sexo, foi criar uma espécie de protocolo de segurança.

Ao kit de cuidados que carregam para evitar as ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis), com camisinha e gel lubrificante, acrescentaram a máscara e passaram a sair de casa com até cinco peças de roupas para trocar após os programas. Além disso, estabeleceram regras para a relação sexual: os clientes não podem beijá-las e elas precisam ficar de costas durante o ato. Quem se recusa a seguir o protocolo é posto para fora do quarto, garantem elas.

A paraense Maria Elias é presidente do Coletivo Coisa de Puta +Imagem: Arquivo pessoal


"As pessoas da saúde são da linha de frente na batalha contra a covid-19. Nós somos da linha frente, de costas e de lado... Então pensamos em atuar apenas de costas, sem o rosto colado. Fizemos ainda um material sobre protocolo de higienização, incentivando as colegas a tomarem banhos com mais frequência e a levarem trocas de roupa e de peças íntimas. Nos viramos de cabeça para baixo para garantir essa renda", diz Maria Elias, que vive em Belém (PA).

O novo protocolo, conta, fez seu grupo ficar famoso na região onde atua em Belém (PA), onde ela e as colegas passaram a ser chamadas de "as garotas que trabalham de costas".

Mãe de dois filhos e avó de dois netos, ela viu a renda mensal de R$ 4.000 cair pela metade desde o início da pandemia. Por meio do Coletivo Coisa de Puta +, ela articulou com outras colegas estratégias para poderem trabalhar com mais segurança na pandemia.

A dificuldade maior, segundo ela, é convencer os clientes a seguirem o protocolo. "Antes, era difícil negociar o uso de preservativo, agora essa dificuldade dobrou ao tentar fazer o cliente usar máscara e não nos beijar", fala. "Já aconteceu de não aceitarem e tivemos que chamar um segurança do local onde estávamos trabalhando ou sair do quarto e desistir do programa. E fazendo isso ficamos só com a metade do pouco dinheiro que ganhamos hoje. Isso é rotineiro, infelizmente."

"Sexo de costas é melhor do que nada"

Luza Maria Silva trabalha há 33 anos com sexo. É assim que ela sustenta quatro filhos e quatro netos. Antes da pandemia, conseguia fechar o mês com dois salários mínimos (R$ 2.200). Agora, para conseguir a metade dessa quantia, também adotou o sexo de costas para evitar a covid-19. Moradora de João Pessoa (PB), ela conta que enfrenta a mesma resistência que as colegas de Belém (PA) por parte dos clientes que não querem usar a máscara.

Muitas colegas pegaram a covid-19 e algumas ficaram com sequela, andam com falta de ar até hoje. Então os cuidados redobraram. Se já tomávamos banho antes e depois, e obrigávamos também os clientes a fazerem o mesmo, agora aumentamos a quantidade. Os cliente que gostam de ficar mais tempo acham ruim tanto protocolo, mas sabemos que é necessário", diz Luza.

Especialista em prevenção e tratamento de HIV e ISTs pela USP (Universidade de São Paulo), o infectologista Rico Vasconcelos lembra que a covid-19 é transmitida por gotículas respiratórias e que, numa relação sexual, é muito difícil não haver essa troca. Mas falar para não fazer sexo, na sua avaliação, não reduz o dano.

"Enquanto só havia a estratégia de prevenção comportamental como usar a camisinha, o controle da disseminação do HIV no mundo foi muito ruim. Só quando começou a ter estratégia biomédica de prevenção, com remédios e PrEp (Profilaxia Pré-Exposição), o impacto foi enorme. Em tempos de covid-19, temos que recomendar o que temos na mão", fala.

"Procure não beijar, se possível, usar máscara durante a relação é melhor que não usar e fazer sexo em posições que não tenham contato próximo de vias aéreas é melhor. Não é uma garantia de que a pessoa estará 100% protegida, mas não podemos fazer o que fizemos no exemplo do HIV, quando a gente achou que ia ser possível dizer para as pessoas não transarem. Isso é impossível", diz o infectologista.

Com pandemia, cliente quer pagar R$ 5 por programa

Mesmo cientes de todos os riscos que essas mulheres estão passando, e por causa dos protocolos de segurança adotados por elas, os clientes querem pagar menos pelo programa. Universa recebeu relatos de trabalhadoras de Guaíba (RS) que estão aceitando trabalhar por R$ 5 ou R$ 10 para comer. "Ou é isso ou passa fome", conta uma delas, que não quis se identificar.

Para ajudar essas essas mulheres, o Fundo Positivo (entidade sem fins lucrativos) criou uma verba emergencial para projetos voltados às trabalhadoras sexuais — entre eles, o liderado por Maria Elias. Criada há sete anos pelo administrador de empresas Harley Henriques, a organização levanta recursos e os repassa, através de editais públicos, para ONGs que atuam com saúde sexual e reprodutiva e diversidade.

Com o avanço da pandemia, explica, as doações caíram muito. Ele então criou um fundo emergencial para conseguir ajudá-las a comprar materiais de higiene e EPIs (equipamento de proteção individual). O empresário arrecadou R$ 1 milhão, pra distribuir a 20 ONGs num período de seis a oito meses. "Houve um impacto grande nas relações com a pandemia, e as trabalhadoras tiveram que repensar sua forma de atuar, criando novos códigos e técnicas que oferecem menos risco. A gente apoia as associações também para disseminar essas informações, além de ajudar no sustendo básico", diz Henriques.

Luza, que é presidente da Associação das Prostitutas da Paraíba (APROS-PB), complementa a renda com esse repasse. "Estou me virando com essa ajuda de custo, senão não ia ter o que comer."


Fonte: https://www.uol.com.br/universa

PL torna Igreja e Templos em atividades essenciais mesmo com aumento de mortes no MA




A Assembleia Legislativa do Maranhão aprovou, nesta terça-feira (23), um projeto de lei que torna as atividades das igrejas e templos essenciais em períodos de calamidade pública no Maranhão.

Nesta quarta-feira (24), o Maranhão voltou a registrar 39 mortes pela Covid-19, que é o maior número de óbitos diários já registrado em toda a pandemia. 1186 novos casos também foram registrados. Os dados são da Secretaria de Estado da Saúde (SES).

Mesmo sabendo da situação em que o Maranhão se encontra, a deputada Mical Damasceno (PTB), autora do projeto de lei, acha que é o certo manter  as atividades das igrejas e templos nesse período de calamidade pública no Maranhão.

“Entendemos que a igreja do Nosso Senhor Jesus Cristo não pode parar, especialmente nesse momento delicado que atravessamos”, enfatiza a deputada.

O projeto foi aprovado, por unanimidade, durante sessão remota da Assembleia Legislativa. Segundo a proposta, fica vedada qualquer determinação de fechamento total dos referidos locais durante o período de calamidade pública, inclusive durante a pandemia de Covid-19.

Conforme o PL, poderá haver limite de pessoas nos templos religiosos, de acordo com a gravidade da situação e desde que por decisão devidamente fundamentada pela autoridade competente. O texto segue para sanção do governador do Estado.


https://slz180.com/pl-torna-igreja-e-templos-em-atividades-essenciais-mesmo-com-aumento-de-mortes-no-ma/

Maranhão terá 3 dias de atividades suspensas para conter a contaminação pela covid-19. Veja como será



De sexta-feira (26) a domingo (28), todo o Maranhão estará com atividade suspensas. Apenas serviços essenciais poderão funcionar. É uma medida para reduzir a circulação do coronavírus. Quanto menos pessoas fora de casa, menos a pandemia avança.

Sexta-feira é feriado estadual antecipado do dia 28 de julho, quando se comemora a adesão do Maranhão à Independência. Já sábado e domingo foram decretados dias de atividades suspensas.

Para os três dias, a regra é a mesma para todas as cidades do Maranhão: apenas alguns serviços, considerados essenciais, poderão funcionar.

A única diferença é que, na Ilha de São Luís, os horários desse serviços essenciais são mais restritos. Por exemplo: mercados só podem abrir até as 21h; delivery, até as 23h. Para as demais cidades, o Governo do Estado não impôs limites de horários.

Veja abaixo os serviços essenciais que podem funcionar em todo o Maranhão nestes três dias de atividades suspensas:

- Produção, distribuição e comercialização de alimentos, em supermercados, mercados, feiras, quitandas e estabelecimentos congêneres

- Produção, distribuição e comercialização de produtos de limpeza, higiene e equipamentos de proteção individual, bem como prestação de serviços de lavanderia

- Serviços de entrega (delivery) e retirada (drive thru e take away) mantidos por restaurantes, lanchonetes e estabelecimentos congêneres

- Assistência médico-hospitalar, a exemplo de hospitais, clínicas, laboratórios e demais estabelecimentos de saúde

- Distribuição e a comercialização de medicamentos e de material médico-hospitalar

- Serviços relativos à segurança pública, administração penitenciária e atendimento socioeducativo, bem como serviços relativos ao tratamento e abastecimento de água e de captação e tratamento de esgoto e lixo

- Serviços relativos à geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica, gás e combustíveis

- Serviços funerários

- Serviços de telecomunicações, serviços postais e internet

- Processamento de dados ligados a serviços essenciais

- Segurança privada, bem como serviços de manutenção, conservação, cuidado e limpeza em ambientes públicos e privados

- Serviços de comunicação social

- Fiscalização ambiental e de defesa do consumidor, bem como fiscalização sobre alimentos e produtos de origem animal e vegetal

- Locais de apoio para o trabalho dos caminhoneiros, a exemplo de restaurantes e pontos de parada e descanso, às margens de rodovias

- Clínicas, consultórios e hospitais veterinários para consultas e procedimentos de urgência e emergência

- Borracharias, oficinas e serviços de manutenção e reparação de veículos

- Somente poderão funcionar indústrias que atuem em turnos ininterruptos ou as que atuem no setor de alimentos, bebidas e produtos de higiene e limpeza

- Atividades internas de escritórios, a exemplo dos escritórios de contabilidade e advocacia, vedados qualquer tipo de atendimento presencial, à exceção de atendimentos de urgência junto a instituições do Sistema de Segurança Pública

- Fica permitido o funcionamento do aeroporto de São Luís, das ferrovias para transporte de cargas e dos portos, bem como das empresas que a eles prestem serviços

- Fica suspensa a execução todas as obras públicas e privadas, salvo as relativas às áreas da saúde, segurança pública, sistema penitenciário e saneamento.

Maranhão entre os mais lentos no registro de óbitos pela Covid

 

Maranhão é o terceiro estado brasileiro que mais atrasa as notificações de óbitos pela Covid-19 no país. Os dados fazem parte de um levantamento divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O atraso no registro acaba não refletindo a situação de momento nos estados.

Segundo a Fiocruz, o Maranhão leva 34,1 dias entre a data da morte e a notificação. O estado aparece apenas à frente Alagoas que tem média de 47,5 dias e o Amapá com 34,8 dias.

Os números da Ficruz apontam ainda que em cinco estados, a notificação dos óbitos é feita com intervalos menores que 110 dias. É o caso de Minas Gerais com 7,8 dias.

O estudo da Fiocruz aponta que o estado de Mato Grosso do Sul com média de 1,4 dias é o estado com maior agilidade no registro de óbitos pela Covid-19.

Vacinação – O Maranhão também registra o dado preocupante de que é um dos estados que menos vacinou até o momento contra a Covid-19. Segundo o Ministério da Saúde, o Maranhão está entre os quatro estados que menos vacinaram.

Erlanio Xavier discute ações contra a Covid-19 em Brasília

 

O presidente da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão, prefeito de Igarapé Grande, Erlanio Xavier (PDT), participou, nesta quarta-feira (24), em Brasília, de uma reunião com parlamentares e lideranças do Maranhão para discutir e articular ações de enfrentamento à pandemia de COVID-19 no Maranhão.

O representante dos prefeitos maranhenses destacou a importância do dialogo entre os poderes, sobretudo, com parlamentares, para que articulem ações necessárias no enfrentamento a Covid-19 no Maranhão. “Precisamos nos unir para combater esse vírus que tem ceifado muitas vidas. Ações conjuntas precisam ser tomadas e cobrarmos o Governo Federal por um plano eficaz, que inclui mais vacinas, medidas restritivas e conscientização das pessoas. Acredito que juntos vamos vencer esse momento difícil”, disse o presidente da Famem, Erlanio Xavier.

Os presentes destacaram a necessidade de união, de decisões firmes e de intensificação das medidas de combate ao coronavírus.

“Há uma preocupação grande em garantirmos as condições necessárias para que a população maranhense tenha garantia de atendimento em caso adoecimento e, sobretudo, de prevenção com as medidas corretas e vacinação em massa. Juntos podemos trabalhar e colocar as forças dos nossos mandatos e dos nossos partidos para ajudar o estado e os municípios”, declarou Weverton.

Além de Erlanio Xavier, estiveram presentes o senador Weverton (PDT), a senadora Eliziane Gama (Cidadania), os deputados federais Pedro Lucas (PSL), Gil Cutrim (Republicanos), Cléber Verde (presidente do Republicanos), Juscelino Filho (presidente do DEM), o presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputado Othelino Neto (PCdoB), deputado estadual Glaubert Cutrim (PDT), presidente da Câmara de Vereadores de São Luís, Osmar Filho (PDT), presidente do PSB, Luciano Leitoa, o ex-juiz Carlos Madeira (Solidariedade) e o secretário de Desenvolvimento Social Márcio Honaiser (PDT).

Roseana pede atenção de Flávio Dino ao setor empresarial

 

A ex-governadora Roseana Sarney (MDB), defendeu, nas redes sociais, a adoção de um pacote de ajuda urgente do Governo do Maranhão ao setor empresarial.

Segundo Roseana é necessário a prorrogação de impostos, linhas de crédito, renegociação de dívidas e auxílio para manutenção de empregos como forma de ajuda para os empresários no enfrentamento da crise causada pela Covid-19.

“Não é de hoje que peço atenção sobre a necessidade de um pacote de ações com políticas fiscais mais flexíveis, com prorrogação e redução de impostos, novas linhas de crédito, renegociação de dívidas e auxílio para manutenção de empregos.

Ações como estas precisam ser implementadas pelo @governoma com urgência, como forma de socorro ao empresariado maranhense. Existem diversas ações necessárias e possíveis.

Ouço diversos relatos de empresas fechando e pessoas perdendo seus empregos. A situação requer muita atenção e, sobretudo, sensibilidade do Poder Público diante de um momento tão difícil”, destacou Roseana Sarney.

Postado em: 24 de março de 2021 | Por: Ezequiel Neves

Rosena lidera para o governo e Flávio Dino para o Senado

Pesquisa do instituto Exata aponta a liderança da ex-governadora Roseana Sarney (MDB) na disputa pelo Governo do Estado.

Roseana que afirmou que pretende disputar a eleição para deputada federal aparece com 30%. O segundo colocado é o senador Weverton Rocha (PDT) com 20%, seguido pelo ex-prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior com 10%.

Na disputa para o Senado, Flávio Dino é o primeiro com 45% das intenções de votos. Roseana Sarney aparece com 18% e o senador Roberto Rocha (PSDB) com 16%.

A Exata ouviu 1.403 pessoas, entre os dias 11 e 14 de março, em São Luís e Imperatriz.

Mais informações no Blog Marrapá

Fiocruz sugere manutenção de medidas restritivas no MA

 

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) está sugerindo que todos estados e cidades classificados em “alerta crítico” por causa da lotação de leitos de UTI para tratamentos de Covid-19 devem restringir todas as atividades não essenciais por 14 dias.

A sugestão atinge 24 estados (dentre eles o Maranhão) e o Distrito Federal. Apenas Amazonas e Roraima estão fora neste momento.

Se a sugestão da Fiocruz for acatada pelo governadro Flávio Dino, o Maranhão poderá continuar com as meidas restritivas nas próxima duas semana.

O governador Flávio Dino deve anunciar novas medidas na coletiva virtual que concede todas as sextas-feiras pela manhã.

Veja o gráfico sobre a ocupação de leitos para a Covid nos pais (imagem).

Leia mais no G1

Postado em: 23 de março de 2021 | Por: Ezequiel Neves

Flávio Dino comenta decisão do STF contra ex-juiz Sérgio Moro

 



O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) comentou, nas redes sociais, a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que declarou por 3 votos a 2, que o ex-juiz federal Sérgio Moro agiu com parcialidade ao condenar o ex-presidente Lula no caso do triplex do Guarujá. 

Segundo Flávio Dino, lamentou que os atos de Moro tenham provocado lesões irreparáveis para Lula e o Brasil.

“Hoje o Supremo encerrou um triste capítulo da história do Direito no Brasil. Um juiz parcial, que persegue ilegalmente um acusado, é incompatível com o Estado de Direito. Seus atos são nulos e imorais. Só lamento que tais atos geraram lesões irreparáveis para Lula e para o Brasil”, afirmou.

Flávio Dino disse que Bolsonaro é o grande perdedor de hoje.

“No mundo da política, o grande beneficiado pelos atos do juiz parcial foi Bolsonaro, que com tais atos venceu a eleição de 2018. Hoje o mesmo Bolsonaro é o grande perdedor”, finalizou.

Osmar institui sistema de votação virtual na Câmara

 


O presidente da Câmara Municipal de São Luís, vereador Osmar Filho (PDT), anunciou na sessão extraordinária remota desta terça-feira (23) mais uma solução tecnológica para viabilizar a discussão e a votação de matérias de interesse da sociedade.

A plataforma de votação eletrônica, segundo o presidente, será utilizada na próxima sessão remota e possibilitará aos vereadores verificar a ordem do dia e votar de forma nominal, oferecendo transparência no processo dos debates legislativos sobre os projetos e propostas que estarão na pauta.
O recurso soma-se às ações da Casa no combate a propagação do coronavírus e evita o encontro presencial dos parlamentares em meio ao contexto de pandemia, dando continuidade aos trabalhos legislativos.
O gestor destacou a transformação digital que a Casa está vivenciando nesses últimos anos.

‘’É mais uma inovação que a Câmara ganha. Não medimos esforços para modernizar e tornar a Casa cada vez mais um plenário digital, principalmente neste momento de crise sanitária que vivemos. Logo no começo da pandemia instituímos o sistema de deliberação para continuar com as reuniões e com essa plataforma on-line iremos ter mais celeridade nos atos da Casa contribuindo de maneira transparente e democrática com as votações’’, destacou o pedetista.

Osmar Filho institui sistema de votação virtual nas sessões remotas da Câmara de São Luís
O presidente da Câmara Municipal de São Luís, vereador Osmar Filho (PDT), anunciou na sessão extraordinária remota desta terça-feira (23) mais uma solução tecnológica para viabilizar a discussão e a votação de matérias de interesse da sociedade.

A plataforma de votação eletrônica, segundo o presidente, será utilizada na próxima sessão remota e possibilitará aos vereadores verificar a ordem do dia e votar de forma nominal, oferecendo transparência no processo dos debates legislativos sobre os projetos e propostas que estarão na pauta.

O recurso soma-se às ações da Casa no combate a propagação do coronavírus e evita o encontro presencial dos parlamentares em meio ao contexto de pandemia, dando continuidade aos trabalhos legislativos.
O gestor destacou a transformação digital que a Casa está vivenciando nesses últimos anos.

‘’É mais uma inovação que a Câmara ganha. Não medimos esforços para modernizar e tornar a Casa cada vez mais um plenário digital, principalmente neste momento de crise sanitária que vivemos. Logo no começo da pandemia instituímos o sistema de deliberação para continuar com as reuniões e com essa plataforma on-line iremos ter mais celeridade nos atos da Casa contribuindo de maneira transparente e democrática com as votações’’, destacou o pedetista.

Desenvolvida pela Diretoria de Informática da Câmara, a novidade faz parte do sistema Gestor, ferramenta responsável pela integração de toda a estrutura administrativa e legislativa da instituição.  

Vale destacar que é a primeira plataforma de votação remota do Estado e similar a utilizada nas reuniões do Congresso Nacional. A funcionalidade desse suporte proporcionará agilidade na votação dos vereadores e nas discussões que beneficiem a população ludovicense.

Como funcionará – O diferencial dessa plataforma é que será disponibilizado um aplicativo para a votação e cada parlamentar terá acesso com um login e senha de uso único e pessoal.

Na interface do App ficará disponível a foto e nome do parlamentar, com as opções: sim, não e abster; além de apresentar o quantitativo total de votos computados nos projetos de cada vereador.

Também será permitido, no mesmo ambiente, a publicação de resultado preliminar depois de encerrada a votação, para conferência do votante antes de anunciado o resultado definitivo.

Ressalta-se que a Casa Legislativa já utiliza o Sistema de Deliberação Remota (SDR) que permite o debate com vídeo e áudio entre os vereadores, e possibilita diversos recursos operacionais de forma remota, oferecendo fluidez nos encontros virtuais.  

Medidas para enfrentamento da covid-19 – Após um ano de realização da primeira audiência pública remota da Câmara, em 24 de março de 2020, o presidente Osmar Filho tem implementado uma série de inovações junto ao setor de Tecnologia da Informação da Casa, oferecendo uma plataforma de interação, como o sistema de deliberação, o aplicativo Câmara SLZ e agora, a criação da plataforma de votação nominal.

Desde esse tempo, a Câmara tem estabelecido uma dinâmica de trabalho digital, em meio ao momento de pandemia, com o objetivo de preservar a saúde dos vereadores, funcionários e do próprio público diante da proliferação do Novo Coronavírus (COVID-19).

Para saber mais sobre o pacote de ações desenvolvidas, acesse: camara.slz.br/coronavirus

PSDB e PT selam trégua e, pela 1ª vez, se alinham em frentes contra Bolsonaro

 

Antagonistas na política nacional desde os anos 1990, o PT e o PSDB selaram uma trégua e estão pela primeira vez alinhados em várias frentes contra o presidente Jair Bolsonaro. A principal delas é o Fórum dos Governadores, onde tucanos e petistas têm se apoiado mutuamente e até trocado elogios.

Eleito em São Paulo com um forte discurso antipetista, João Doria abriu mão do protagonismo e defendeu a escolha do governador Wellington Dias (PT), do Piauí, como coordenador das discussões sobre vacinas contra covid no Fórum de Governadores.

Interlocutores do Palácio dos Bandeirantes – sede do governo paulista – falam em um “pacto de não agressão”, enquanto lideranças dos dois partidos até admitem estar juntos no segundo turno da eleição presidencial de 2022, a depender de quem disputar a rodada decisiva.

A relação entre os governadores se estreitou ainda mais após o governo federal acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) com uma ação de inconstitucionalidade para tentar derrubar os decretos de restrição de locomoção de pessoas adotados pelos governadores do Distrito Federal, da Bahia e do Rio Grande do Sul para combater o coronavírus. Emissários do PT e PSDB querem ainda reunir os ex-presidentes Lula Fernando Henrique Cardoso, que vê com entusiasmo a iniciativa.

“Da minha parte estou aberto a conversar. É necessário. Na minha concepção, é preciso definir quem é o inimigo principal. Se é o Bolsonaro, como a gente ganha dele? E ganhar para fazer o quê? Essas são as duas questões postas”, disse FHC ao Estadão.

Os petistas pretendem usar o combate à pandemia para abrir o diálogo. Apontado como um dos “presidenciáveis” do PT antes de o ex-presidente Lula restabelecer seus direitos políticos, o governador da Bahia, Rui Costa (PT), atua agora para que o partido estabeleça diálogos com as legendas do centro para a disputa presidencial de 2022 e prega a aproximação com o PSDB. Alinhado com Wellington Dias, Costa quer abrir um canal de diálogo de Lula até com Doria.

O governador baiano disse ao Estadão que considera “possível” uma aproximação entre PSDB e PT para 2022. “Se depender de mim, vamos trabalhar para isso. Sou a favor de que a gente coloque o Brasil acima das nossas divergências políticas secundárias. Estamos tratando de um projeto de salvação nacional. A lógica da disputa da eleição no Brasil será semelhante à dos Estados Unidos. É a democracia contra a barbárie e o ódio. A sociedade do bem vai prevalecer contra a lógica miliciana de condução do País.”

Assim como o governador do Piauí, que chamou de “importantíssimo” o papel de Doria na crise sanitária, Rui Costa também elogiou o tucano. “Quero prestar toda solidariedade ao Doria. Ele é um dos governadores que têm sofrido ataques sistemáticos do governo federal. Doria tem se esforçado para reduzir o número de óbitos. Justiça seja feita: não fosse a iniciativa do governo de São Paulo e do Instituto Butantan, 80% das pessoas que receberam a vacina não estariam hoje vacinadas.”

Líderes tucanos ligados a Doria abraçaram o mesmo discurso de união de esforços durante a pandemia. “Em tempos de crise sanitária e institucional com o governo Bolsonaro de tamanha gravidade, é fundamental que deixemos a política em segundo plano. Não é momento de agressão, mas de trabalho conjunto”, disse Marco Vinholi, secretário de Desenvolvimento Regional de São Paulo e presidente do PSDB paulista.

Na semana passada, o Estadão revelou que Wellington Dias será o emissário de Lula nas conversas com o PSDB. A estratégia do PT é encontrar “um lugar para Lula na crise sanitária”. A intenção é que o petista se junte a outros ex-presidentes – Fernando Henrique Cardoso e Michel Temer – na busca por uma influência internacional que possa ajudar o País a obter vacinas e insumos para a produção de imunizantes. “Tudo aponta para um momento de reconciliação, que é o que os governadores estão fazendo. A realidade obriga a fazer isso”, afirmou ao Estadão o ex-governador de Minas, Fernando Pimentel (PT).

Nascidos nos anos 1980, PT e PSDB estiveram juntos uma única vez em eleições presidenciais. Foi no 2.º turno de 1989, quando o candidato tucano Mário Covas declarou apoio a Lula, que enfrentava Fernando Collor. Os desentendimentos cresceram em 1992, quando parte do PSDB paulistano apoiou a candidatura à Prefeitura de Paulo Maluf contra Eduardo Suplicy (PT). A rivalidade se consolidou nas campanhas vitoriosas de FHC à Presidência e nas dos petistas Lula e Dilma Rousseff, que tiveram tucanos como adversários.

Nesses anos, porém, acordos importantes ocorreram entre petistas e tucanos: entre Marta Suplicy e Covas contra Maluf, em 1998 e em 2000, e o apoio dos partidos à eleição de Márcio Lacerda (PSB) à prefeitura de Belo Horizonte, em 2008. Um dos artífices do último, o ex-governador Pimentel defende agora a tese de que o candidato que derrotar Bolsonaro terá a necessidade de fazer um governo de união nacional. Seja Lula, Ciro Gomes ou qualquer outro. “Antes a polarização era saudável, democrática, com projetos diferentes, mas no campo da democracia. Agora, temos claramente um projeto autoritário e excludente e, do outro lado, todos nós, até o Centrão, que pode ser acusado de tudo, menos de não ser democrático. Quem está ficando isolado é Bolsonaro e a direita radical.”

Esquerda do PT e parte da bancada tucana resistem

A aproximação entre PT e PSDB enfrenta resistência da parte “governista” da bancada tucana na Câmara, que é liderada pelo deputado Aécio Neves (MG), mas o diálogo entre deputados dos dois partidos nunca foi tão intenso. “É a primeira vez que temos esse diálogo tão fluido. O objetivo é barrar a escalada autoritária. Precisamos de todos os esforços para impedir a violência que o Bolsonaro tem praticado”, afirmou o deputado Paulo Teixeira (PT-SP).

A aproximação entre os partidos enfrenta ainda a desconfiança mútua entre tucano e petistas. O presidente do PSDB, Bruno Araújo, disse, recentemente, que votaria em branco em caso de segundo turno entre Lula e Jair Bolsonaro em 2022, indicando as dificuldades para um acordo mais amplo entre os partidos, além da atuação na pandemia. Há resistência também no PT. Setores da esquerda do partido consideram difícil um acordo em razão de diferenças de visão nas áreas econômica e trabalhista. O que facilitaria as conversas entre os partidos é a centralidade que assumiram temas como o combate a desigualdades e a defesa do meio ambiente no discurso de formuladores de política dos tucanos – como o prefeito Bruno Covas.

No ambiente jurídico, petistas e tucanos também nunca estiveram tão alinhados. “Lideranças do PT e PSDB começam a ensaiar uma aproximação no mundo jurídico em cima de uma agenda comum: a defesa da democracia e das instituições e o reconhecimento da parcialidade do ex-juiz Sérgio Moro”, disse o advogado Marco Aurélio Carvalho, que integra o setorial jurídico do PT e coordena o Grupo Prerrogativas, que reúne advogados progressistas.

Carvalho lembra que juristas ligados ao PSDB, como os ex-ministros da Justiça de FHC José Carlos Dias e José Gregori e o advogado Belisário dos Santos Jr, ex-secretário da Justiça do governo de Mário Covas, assinaram manifesto que pedia a anulação das condenações do ex-presidente Lula. (Fonte: O Estadão)

Estudo da Fiocruz encontra variante da Covid-19 no Maranhão

 



Um estudo elaborado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) identificou mutações das variantes do novo coronavírus que estão em circulação no Brasil em cinco estados, entre elas uma no Maranhão.

No estudo, que foi publicado nessa segunda-feira, 22, a Fiocruz alerta que foram identificadas “mutações preocupantes” em 11 sequências encontradas em cinco Estados: Amazonas, Bahia, Maranhão, Paraná e Rondônia.

O artigo, assinado por 31 pesquisadores, ainda passará por certificação e validação de pares, quando outros pesquisadores da mesma área validarão ou não os métodos e resultados do estudo.

“Identificamos que linhagens SARS-CoV-2 circulando no Brasil com mutações preocupantes no RBD adquiriram, de forma independente, deleções convergentes e inserções no NTD da proteína S, que alteraram o NTD antígeno-supersita e outros epítopos previstos nesta região. Esses achados apoiam que a contínua transmissão generalizada do SARS-CoV-2 no Brasil está gerando novas linhagens virais que podem ser mais resistentes à neutralização do que as variantes parentais preocupantes”, diz o artigo.

Os cientistas dizem ser “urgente” a necessidade “de abordar a eficácia das vacinas SARS-CoV-2 para aquelas variantes emergentes do SARS-CoV-2 e o risco de transmissão comunitária não controlada contínua do SARS-CoV-2 no Brasil para a geração de variantes mais transmissíveis”.

Leia o estudo completo aqui (em inglês).