Workshop foi realizado na Associação dos Magistradosfoto/divulgação: Ribamar PinheiroO Poder Judiciário do Maranhão, por meio da Coordenadoria de Sustentabilidade e Responsabilidade Social, em parceria com a Universidade Federal do Maranhão (UFMA), realizou nesta terça-feira (18/2), o Workshop sobre o Plano de Descarbonização do Tribunal de Justiça do Maranhão, iniciativa que abrangerá medidas relacionadas ao inventário, redução e compensação de emissões de carbono, incluindo ações, projetos, cronograma e objetivos.
Na mesma data, foi assinada pelo presidente do TJMA, desembargador Froz Sobrinho, a Resolução n. 29/2025, que dispõe sobre a redução do consumo de energia elétrica e da pegada de carbono no âmbito do Programa Justiça Carbono Zero, instituído pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por meio da Resolução n. 594/2024.
O workshop foi aberto pelo presidente da Coordenadoria de Sustentabilidade e Responsabilidade Social, desembargador Ricardo Duailibe, que ressaltou que o evento marca um momento crucial para a instituição, refletindo o compromisso do Judiciário com a sustentabilidade.
Ele explicou que o Plano de Descarbonização do Judiciário maranhense será efetivado com a medição, redução e compensação das emissões de carbono, sendo o workshop um passo fundamental para traçar estratégias para alcance da eficiência energética, por meio de estudos de caso e boas práticas, ressaltando o papel de cada servidor e servidora como multiplicadores.
A descarbonização não é uma tarefa que pode ser realizada isoladamente, ela exige a participação ativa de cada um de nós. Por isso convido todos a refletirem sobre o papel que desempenhamos nesse processo e como podemos contribuir para a construção de um futuro mais sustentável", destacou.
A diretora-geral do TJMA, juíza Ticiany Gedeon Palácio, destacou que a iniciativa também vai impactar no Prêmio CNJ de Qualidade e no Índice de Desenvolvimento Sustentável, alinhada à Agenda 2030 e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Tudo está ligado a questões do nosso dia a dia, como uso de ar condicionado, compartilhamento de veículos e redução do uso de combustível, é uma mudança de mindset que a gente precisa estabelecer para que isso vire rotineiro na nossa vida, quanto mais dentro da nossa cultura diária estiver, mais perto do sucesso e de estarmos protegendo as futuras gerações", avaliou.
DESCARBONIZAÇÃO
O vice-reitor e professor da UFMA, Leonardo Soares (à frente na foto abaixo), deu início às apresentações destacando que a descarbonização do planeta é a principal estratégia para evitar uma catástrofe ambiental, ressaltando o pioneirismo do CNJ e do TJMA ao traçarem metas ambiciosas para 2030, em consonância com os compromissos nacionais e internacionais, enquanto o restante do mundo estabelece metas para 2050.
É uma honra muito grande para a UFMA ter uma parceria deste porte, com o Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão, que é um exemplo de desenvolvimento das políticas de sustentabilidade da administração pública no Maranhão e, mais uma vez, está saindo na frente", avaliou.
Os professores Arkley Marques Bandeira e Shigeaki Lima apresentaram o contexto e informações técnicas sobre as emissões de carbono no planeta, abordando o percurso histórico sobre as ações e acordos nacionais e internacionais firmados pelo CNJ. "O CNJ, de forma arrojada, chama a sua estrutura do Poder Judiciário, Tribunais e colegiados para zerar o seu carbono em 2030, é um exemplo que deve ser seguido por outros poderes, o Executivo e o Legislativo, então, de fato, o Poder Judiciário sai na frente", frisou o professor Arkley Marques (à frente na foto abaixo).
Arkley Marques ressaltou que a crise climática e o aquecimento global representam os maiores desafios do século XXI, com problemáticas que vão demandar cada vez mais recursos financeiros e exigir mudanças nas escolhas para garantia do direito fundamental ao meio ambiente equilibrado e um clima que seja favorável à vida. "Quando falamos de calor, estamos falando de conforto térmico a nível de indivíduo, mas quando pensamos que nós vivemos num sistema, essa crise vai começar a afetar ecossistemas, as economias e as sociedades", destacou.
Ele frisou que o Maranhão é um dos Estados que estão dentro do bioma amazônico e da Amazônia Legal, que tem parte da sua floresta mais degradada por atividades como a queima da floresta, garimpo e mineração. "O gás que causa efeito estufa é emitido principalmente pela queima de combustíveis fósseis, carvão, petróleo e gás natural em veículos, indústrias e na geração de energia", informou.
O professor explicou ainda que o objetivo principal do Plano é promover a descarbonização do Poder Judiciário brasileiro por meio de ações para medir, reduzir e compensar as emissões de gás no efeito estufa resultante do funcionamento dos órgãos que o integram, a partir de um plano contínuo, que ganha robustez à medida que novas ações são implementadas.
Também compõem a equipe da UFMA as professoras Flávia Alves Maciel e Aline Alvares Alves.
ÁLBUM COMPLETO - Repóter fotográfico Ribamar Pinheiro
Agência TJMA de Notícias
Postado em: 19 de fevereiro de 2025 | Por: Ezequiel Neves
Workshop marca início do Plano de Descarbonização do Judiciário maranhense
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