Postado em: 19 de fevereiro de 2025 | Por: Ezequiel Neves

Workshop marca início do Plano de Descarbonização do Judiciário maranhense


A imagem mostra uma reunião ou conferência formal acontecendo em uma sala bem iluminada. No lado direito da imagem, há um painel com seis indivíduos sentados atrás de uma mesa longa, cada um com documentos e materiais de escrita à sua frente. A parede atrás do painel exibe um logotipo com o texto "ASSOCIAÇÃO DOS MAGISTRADOS DO MARANHÃO." No lado esquerdo da imagem, há uma audiência sentada em filas de cadeiras, atenta ao painel. A audiência é composta por várias pessoas, algumas das quais estão fazendo anotações ou usando dispositivos eletrônicos. A sala tem uma atmosfera profissional, com foco na interação entre o painel e a audiência, indicando uma discussão ou apresentação formal.
Workshop foi realizado na Associação dos Magistrados
foto/divulgação: Ribamar Pinheiro

O Poder Judiciário do Maranhão, por meio da Coordenadoria de Sustentabilidade e Responsabilidade Social, em parceria com a Universidade Federal do Maranhão (UFMA), realizou nesta terça-feira (18/2), o Workshop sobre o Plano de Descarbonização do Tribunal de Justiça do Maranhão, iniciativa que abrangerá medidas relacionadas ao inventário, redução e compensação de emissões de carbono, incluindo ações, projetos, cronograma e objetivos. 

Na mesma data, foi assinada pelo presidente do TJMA, desembargador Froz Sobrinho, a Resolução n. 29/2025, que dispõe sobre a redução do consumo de energia elétrica e da pegada de carbono no âmbito do Programa Justiça Carbono Zero, instituído pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por meio da Resolução n. 594/2024

O workshop foi aberto pelo presidente da Coordenadoria de Sustentabilidade e Responsabilidade Social, desembargador Ricardo Duailibe, que ressaltou que o evento marca um momento crucial para a instituição, refletindo o compromisso do Judiciário com a sustentabilidade. 

AUDIODES

Ele explicou que o Plano de Descarbonização do Judiciário maranhense será efetivado com a medição, redução e compensação das emissões de carbono, sendo o workshop um passo fundamental para traçar estratégias para alcance da eficiência energética, por meio de estudos de caso e boas práticas, ressaltando o papel de cada servidor e servidora como multiplicadores.

A descarbonização não é uma tarefa que pode ser realizada isoladamente, ela exige a participação ativa de cada um de nós. Por isso convido todos a refletirem sobre o papel que desempenhamos nesse processo e como podemos contribuir para a construção de um futuro mais sustentável", destacou.

A diretora-geral do TJMA, juíza Ticiany Gedeon Palácio, destacou que a iniciativa também vai impactar no Prêmio CNJ de Qualidade e no Índice de Desenvolvimento Sustentável, alinhada à Agenda 2030 e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Tudo está ligado a questões do nosso dia a dia, como uso de ar condicionado, compartilhamento de veículos e redução do uso de combustível, é uma mudança de mindset que a gente precisa estabelecer para que isso vire rotineiro na nossa vida, quanto mais dentro da nossa cultura diária estiver, mais perto do sucesso e de estarmos protegendo as futuras gerações", avaliou.

DESCARBONIZAÇÃO

O vice-reitor e professor da UFMA, Leonardo Soares (à frente na foto abaixo), deu início às apresentações destacando que a descarbonização do planeta é a principal estratégia para evitar uma catástrofe ambiental, ressaltando o pioneirismo do CNJ e do TJMA ao traçarem metas ambiciosas para 2030, em consonância com os compromissos nacionais e internacionais, enquanto o restante do mundo estabelece metas para 2050.

AUDIODES

É uma honra muito grande para a UFMA ter uma parceria deste porte, com o Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão, que é um exemplo de desenvolvimento das políticas de sustentabilidade da administração pública no Maranhão e, mais uma vez, está saindo na frente", avaliou.

Os professores Arkley Marques Bandeira e Shigeaki Lima apresentaram o contexto e informações técnicas sobre as emissões de carbono no planeta, abordando o percurso histórico sobre as ações e acordos nacionais e internacionais firmados pelo CNJ. "O CNJ, de forma arrojada, chama a sua estrutura do Poder Judiciário, Tribunais e colegiados para zerar o seu carbono em 2030, é um exemplo que deve ser seguido por outros poderes, o Executivo e o Legislativo, então, de fato, o Poder Judiciário sai na frente", frisou o professor Arkley Marques (à frente na foto abaixo).

AUDIODES

Arkley Marques ressaltou que a crise climática e o aquecimento global representam os maiores desafios do século XXI, com problemáticas que vão demandar cada vez mais recursos financeiros e exigir mudanças nas escolhas para garantia do direito fundamental ao meio ambiente equilibrado e um clima que seja favorável à vida. "Quando falamos de calor, estamos falando de conforto térmico a nível de indivíduo, mas quando pensamos que nós vivemos num sistema, essa crise vai começar a afetar ecossistemas, as economias e as sociedades", destacou.

Ele frisou que o Maranhão é um dos Estados que estão dentro do bioma amazônico e da Amazônia Legal, que tem parte da sua floresta mais degradada por atividades como a queima da floresta, garimpo e mineração. "O gás que causa efeito estufa é emitido principalmente pela queima de combustíveis fósseis, carvão, petróleo e gás natural em veículos, indústrias e na geração de energia", informou.

O professor explicou ainda que o objetivo principal do Plano é promover a descarbonização do Poder Judiciário brasileiro por meio de ações para medir, reduzir e compensar as emissões de gás no efeito estufa resultante do funcionamento dos órgãos que o integram, a partir de um plano contínuo, que ganha robustez à medida que novas ações são implementadas.

Também compõem a equipe da UFMA as professoras Flávia Alves Maciel e Aline Alvares Alves.

AUDIODES

ÁLBUM COMPLETO - Repóter fotográfico Ribamar Pinheiro

Agência TJMA de Notícias

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