Postado em: 16 de fevereiro de 2025 | Por: Ezequiel Neves

Padre condenado por dopar e estuprar jovem é preso

 

Foto: Reprodução

O padre Ricardo Campos Parreiras, de 49 anos, condenado por dopar e estuprar um jovem foi preso neste sábado (15), em Aruanã, na região noroeste de Goiás. O crime aconteceu em Nova Crixás, em fevereiro de 2017.

Ricardo foi preso pela Polícia Militar que cumpriu um mandado de prisão em aberto. Segundo a Justiça, ele tinha sido preso em julho de 2021, mas foi solto por meio de um habeas corpus.

Em fevereiro de 2023, Ricardo foi condenado pela Justiça a 9 anos de prisão em regime fechado pelo crime de estupro, mas continuou solto respondendo ao processo em liberdade até o trânsito em julgado do processo, quando não há mais possibilidade de recurso.

A defesa disse ao g1 que aparentemente há um erro processual porque não há disponibilidade de intimação para os advogados apresentarem recursos. Então, segundo a defesa, a ausência de intimação gera uma nulidade processual, em razão da violação do contraditório e da ampla defesa: “Nós estamos fazendo uma análise, creio que até amanhã ou segunda-feira a gente já se posiciona com mais qualidade para ver o próximo passo a ser tomado”, disse o advogado Carlos Fares.

A Arquidiocese de Goiânia informou que o padre pertence à Diocese de Miracema do Tocantins. O g1 tentou contato, mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem. Segundo a Diretoria-Geral de Polícia Penal (DGPP), ele está preso no presídio de Mozarlândia.

Crime

O estudante de 23 anos que fez a denúncia ao Ministério Público do Rio de Janeiro, onde mora, contou que o estupro aconteceu em fevereiro de 2017, na Casa Paroquial. Na época, com 18 anos, ele viajou com o avô para ajudar em um trabalho missionário em Nova Crixás.

Devido à idade avançada do parente, o jovem dirigia o carro dele para visitar várias cidades da região norte de Goiás. Quando chegaram a Nova Crixás, ele conheceu o padre Ricardo Campos e ficou hospedado na casa do pároco por cerca de cinco dias.

“Enquanto estive na casa, ele ficava puxando conversa e tentando se aproximar. Na última noite que dormi no local, ele me chamou na sala quando saí do banho. Achei estranho, porque era de noite, meu avô estava dormindo, mas fui lá conversar com ele”, contou.

O jovem relata que se sentou em uma ponta do sofá e o padre na outra. Assim, ficaram fisicamente afastados. Durante a conversa, de acordo com o rapaz, o pároco inseriu temas sexuais.

“Eu estava incomodado com o assunto. Ele percebeu e me ofereceu um suco de uva. Fiquei na dúvida porque sou bem pé atrás com tudo, mas aceitei. Enfim, era um padre, não desconfiei no momento. Ele colocou alguma droga no suco”, ponderou o jovem.

De acordo com o jovem, quando a suposta droga começou a fazer efeito, o padre iniciou a aproximação física. O rapaz relata que ele pegou três vezes em seu órgão genital e depois o mandou ir para o quarto, com a ressalva de deixar a porta trancada.

“Só lembro de acordar no outro dia com o short folgado e todo molhado. Até tranquei a porta, mas acho que ele tinha uma cópia da chave. Nos dias seguintes senti muita dor. Tenho certeza de que fui drogado e estuprado por ele”, lamentou.

g1/Globo

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