Foto: Divulgação/PMGO
José Natal, pai do menino atacado por uma sucuri de aproximadamente 6 metros, contou que a cobra enrolou no corpo do menino e só soltou após ser morta pelos policiais militares. A viatura fazia um patrulhamento na região no momento do ataque. O resgate aconteceu na tarde do último sábado (18).
“A gente tava sem energia e acabou a água da caixa, a gente tava no córrego para tomar banho, ao lado dele, a cobra começou a enrolar no braço dele. Fiquei desesperado”, contou.
“A família escutou os gritos da criança. A equipe estava em patrulhamento e ouviu a mãe gritando socorro, enquanto o pai tentava tirar a criança da cobra, que estava enrolada”, detalhou o policial.
José Natal contou para os policiais que deu uma paulada na cobra, mas mesmo assim ela não soltou o menino, que tem 2 anos. Emocionado, ele agradeceu aos policiais.
“Se não fosse por conta deles [dos policiais], meu menininho tinha vindo a óbito. Se eles não tivessem nessa ronda, eu e minha esposa não ‘dava’ conta de tirar. Agradeço de coração”, desabafou José.
De acordo com o biólogo Edson Abrão, ela não tem veneno e mata sua presa por constrição, ou seja, usa a força muscular para imobilizar e matar presas por asfixia.
Segundo o tenente Carlos Diniz, da Polícia Militar (PM), os policiais tentaram ajudar de várias formas, conseguiram desenrolar parcialmente a cobra, mas o único jeito foi matá-la. Ainda à PM, José disse que o filho está um pouco assustado.
“Meu menininho tá meio assustado à noite, tá reclamando de dor”, detalhou.
O tenente deu detalhes de como os PMs chegaram ao local, em Vicentinópolis, no sul de Goiás
“A gente só tentava salvar a criança e o único jeito foi matando o animal, não queríamos que o animal morresse, queríamos que a criança e o animal ficassem vivos”, completou.
O menino foi levado ao hospital, que ficava a cerca de 20 km da fazenda onde aconteceu o ataque e os pais dele trabalham. De acordo com informações da polícia, a criança não teve ferimentos graves e a mordida não foi profunda. Ele foi liberado da unidade.
“É uma ocorrência que vai nos marcar para o resto da vida, a criança nasceu de novo”, finalizou o tenente.
José Natal, pai do menino atacado por uma sucuri de aproximadamente 6 metros, em Vicentinópolis — Foto: Divulgação/PMGO
Espécie
O biólogo Edson Abrão explicou que se trata de uma “sucuri amarela”, uma das serpentes mais fortes do planeta. Sobre o ataque, o especialista explicou que é raro na natureza, mas pode acontecer.
De acordo com Edson, ela não tem veneno e mata sua presa por constrição, ou seja, usa a força muscular para imobilizar e matar presas por asfixia. “Esse animal é muito forte, a força dele só perde para píton, aquela serpente africana e asiática”, explicou.
Edson disse ainda que a sucuri amarela é a única serpente que consegue se alimentar dentro da água, é muito ágil, gosta de rios, riachos e prefere lugares de água limpa. Com informações do g1/GO.
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