Foto: Anna Moneymaker/Getty Images via AFP
A justiça da Geórgia indiciou, nesta segunda-feira (14), o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, que está em campanha para retornar à Casa Branca, e outras 18 pessoas por supostamente tentarem alterar o resultado das eleições de 2020 neste estado.
Em entrevista coletiva em Atlanta, capital da Geórgia, a promotora do condado de Fulton, Fani Willis, anunciou que daria até 25 de agosto “para se entregar voluntariamente” à justiça do estado. Na decisão, ela invocou uma lei vigente na Geórgia sobre crime organizado, frequentemente usada contra gangues, e prevê penas de 5 a 20 anos de prisão.
A promotora disse que queria julgar todos os 19 réus, incluindo o ex-chefe de gabinete de Trump, Mark Meadows, e seu advogado pessoal, Rudy Giuliani, em um único julgamento “dentro de seis meses”, mas lembrou que é o juiz quem marca a data.
Essa é a quarta acusação contra o ex-presidente, atualmente favorito à indicação republicana nas eleições presidenciais de 2024.
A investigação teve início após um telefonema, em janeiro de 2021 – cuja gravação foi tornada pública -, no qual Trump pediu a um funcionário local, Brad Raffensperger, que “encontrasse” cerca de 12.000 cédulas em seu nome que faltavam para ganhar os 16 delegados da Geórgia.
Apesar da derrota nas urnas na Geórgia em 2020, “Trump e os outros acusados se recusaram a reconhecer que ele perdeu e, consciente e deliberadamente, participaram de uma conspiração para ilegalmente mudar o resultado das eleições a seu favor”, de acordo com a acusação formal.
O grande júri aprovou a acusação após as testemunhas convocadas pela procuradoria deporem ao longo do dia perante um grande júri em Atlanta, a capital deste estado do sudeste do país.
Fani Willis foi quem formou este painel de cidadãos com poder para investigar se havia evidências suficientes para acusar Trump, particularmente por fraude e interferência eleitoral. Também estava encarregada de validar uma possível acusação.
Na noite desta segunda-feira, Trump voltou a atacar a procuradora em um comunicado no qual a qualifica como uma “partidária furiosa” a serviço dos interesses do presidente democrata Joe Biden.
R7
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