Por Hoje em dia / Blog do Ezequiel Neves
Quem mandou o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordem de Jair Bolsonaro, ir fardado ao depoimento em que negou até sua identidade? O Exército diz que não houve um ato formal, mas como o tenente-coronel Cid iria comparecer na condição de ex-ajudante de ordem, não viu problemas para que ele comparecesse usando o seu uniforme verde-oliva, até por que ele comparecia na condição de ex-ajudante de ordem de Bolsonaro. Ou seja, o Exército saiu pela tangente.
Mas o caso Marielle, deixa um traço de sangue em seu caminho. É inacreditável. Pelo menos cinco pessoas investigadas no caso Marielle, uma vereadora do Rio de Janeiro, que liderava as pesquisas para o governo do Estado, ao que consta foram assassinadas. Esse rastro de sangue preocupa os agentes federais que cuidam do assunto até por que podem atrapalhar quem teria sido o mandante do crime, que também vitimou o motorista de Marielle, Anderson Gomes.
Um dos assassinados foi o
PM aposentado , Edmilson da Silva Oliveira, executado à luz do dia em Bangu, no dia 6 de novembro de 2021. Macalé, esse o apelido dele, é tido como a pessoa que teria intermediado a relação entre o mandante e os executores da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
Desde a morte de Marielle, em 14 de março de 2018, pelo menos cinco pessoas foram assassinadas: Lucas Todynho, acusado de ter clonado o carro usado para matar Marielle. Todynho foi morto menos de três meses depois da morte de Marielle perto de uma comunidade conhecida no Rio de Janeiro como Vila Kennedy. Todynho era tido como miliciano – uma espécie de sub-mundo do crime que permeia a sociedade carioca.
O ex-capitão Adriano da Nóbrega, morto no interior da Bahia por policiais da polícia civil do Rio de Janeiro. O que pouco se sabe é porque o ex-capitão foi morto no interior da Bahia, quando estava em fuga, e por policiais civis do Rio de Janeiro. Aponto como chefe de pistoleiros do Escritório do crime, Adriano foi alvo da operação Intocáveis, que apurava vários homicídios cometidos por esse grupo. Ou seja, era um pistoleiro.
Luiz Carlos Felipe Martins, o Orelha, um ex-sargento da Polícia Militar do Rio e que teria ficado responsável dos negócios do ex-capitão Adriano, após a morte dele na Bahia. Aliás, há duas pessoas envolvidas na morte de Marielle e de Anderson com o apelido de Orelha. Luiz Orelha é diferente do Edilson Orelha, que teria ajudado a esconder o carro usado na noite do crime. Luiz foi executado em Realengo , em março de 2021, quando estava de folga. E Macalé teria sido o intermediador da morte de Marielle e de seu motorista. Macalé era um PM aposentado, também um miliciano da região de Oswaldo Cruz, no Rio. Segundo o que a Polícia Federal sabe até agora Macalé teria sido o responsável por ter contratado os executores de Marielle. Macalé foi executado no dia 6 de novembro de 2021.
Hélio, conhecido como o Senhor das Armas, graças à sua capacidade de lidar com armas ilegais. Era quase um traficante de armas e foi morto também no dia 28 de fevereiro deste ano, no bairro Anil. Marielle faria 44 anos nesta quinta-feira, um dia que será marcado por homenagens. Mas a Polícia Federal anda atrás no rolo dessas investigações de quem teria vazado informações do caso Marielle. Jomarzinho é o nome do suspeito de vazar informações que podem atrapalhar as investigações. Ele é suspeito de vazar informações sobre o caso Marielle, pelo watts app. Esse Jomarzinho é filho de um delegado aposentado da PF. Mas ao final de tudo, não se respondeu ainda quem, afinal, matou Marielle Franco e seu motorista, Anderson. E ainda se quer saber por que a Polícia Militar do Rio de Janeiro tinha tantos maus-elementos e qual a relação que se pode estabelecer entre a milícia que infesta o Rio e os mandantes do crime que vitimou Marielle Franco e seu motorista. Vale até agora o depoimento de Élcio de Queiroz, o que até agora abriu o bico para contar o que sabe sobre o assassinato de Marielle Franco e seu motorista Anderson.
Outra notícia interessante dessa semana foi a absolvição do ex-senador e atual deputado federal, Aécio Neves, por corrupção passiva. Aécio era acusado de receber propina em 2017 de 2 milhões de reais do grupo JBS, vale dizer, de Joesley Batista. O TRF-3 absolveu Aécio, sua irmã Andrea Neves, Frederico Pacheco de Medeiros, primo de Aécio e Andréa, além de Mendherson Souza Lima, ex-assessor do parlamentar. Segundo o MPF, Aécio e Andrea teriam recebido o dinheiro em 2017 e a quantia teria sido enviada para Minas Gerais. Aécio e Andrea, contudo, alegaram em juízo que os valores diziam respeito à venda de um imóvel da família Neves, no Rio de Janeiro. Para Aécio, a justiça repôs a verdade.
Foto: Reprodução
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