Em entrevista coletiva nesta sexta-feira (16/09), em Porto Alegre (RS), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que é possível, novamente, acabar com a fila do INSS e a fazer a previdência social superavitária, a partir da geração de empregos e do aumento de salários, com aconteceu nos governos do PT.
“É possível fazer. Se nós voltarmos, vamos fazer isso porque o mundo digitalizado está muito mais moderno e as pessoas que fizeram a primeira vez estão todas vivas e muito dispostas a trabalhar”, disse, lembrando que uma das decisões que ajudaram a agilizar o processo foi transferir do trabalhador para o governo a responsabilidade de provar o tempo de serviço.
Lula lamentou o fato de hoje, novamente, as pessoas enfrentarem filas e esperarem meses e meses para receber a análise sobre os pedidos de benefício. E lembrou que em seus governos, perícias que demoravam um ano passaram a ser feitas em, no máximo, cinco dias, beneficiando não só os trabalhadores que davam entrada com pedido de benefício, mas também agilizando o processo de pagamento de licença maternidade e do BPC.
Nos tempos do governo Lula, uma lei determinava que as respostas aos pedidos de benefício não ultrapassassem 45 dias. Quem precisava da aposentadoria não poderia esperar. Em 2015, houve casos em que a resposta chegava em meia hora.
No governo Bolsonaro, a fila voltou. Em agosto desse ano, mais de 1 milhão e 200 mil brasileiros aguardavam por resposta no INSS. Desses, 580 mil esperando por resposta em relação do Benefício de Prestação Continuada, o BPC, para idosos e pessoas com deficiência.
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