Garimpando apoio entre os partidos que integram a base de sustentação do governo federal e no nicho de eleitores que declaram voto a Bolsonaro, o pré-candidato do PSC ao governo do estado, ex-prefeito de São Pedro dos Crentes, Lahésio Bonfim, colocou o pré-candidato do PDT, senador Weverton Rocha, na alça de mira e disparou chumbo grosso contra o pedetista em entrevista ao Jornal Pequeno publicada na edição de domingo (29).
“Meu principal adversário é um político que não tem escrúpulo com dinheiro público e por isso Flávio Dino não o escolheu. Esse meu adversário é capaz de tudo, não tem pudor nenhum, acha-se no direito de massacrar, de perseguir, de fazer qualquer jogo sujo. Ele é daqueles que se valem do vale tudo na política, na tentativa de ganhar de qualquer jeito e a qualquer custo”, observou o ex-prefeito de São Pedro dos Crentes.
O ataque ao pré-candidato que Lahésio escolheu como seu principal adversário na corrida ao Palácio dos Leões seria considerado natural não fosse o fato dos dois políticos disputarem o nicho do eleitorado bolsonarista no estado. Weverton Rocha ao perder a luta que travou internamente com o governador Carlos Brandão para ser o candidato do grupo liderado pelo ex-governador Flávio Dino aliou-se aos partidos bolsonaristas, sendo o mais vistoso o PL de Josimar de Maranhãozinho, a que foi garantido o direito de indicar o candidato a vice.
As declarações de Lahésio dão bem o tom do que será a campanha e do que vem pela frente. Político sem expressão, mas disposto ao embate, o ex-prefeito de minúsculo São Pedro dos Crentes chamou o senador do PDT para a briga e deve confrontá-lo ao longo da campanha eleitoral que se aproxima e promete ser bastante aguerrida. O pedetista que é visto com o bolsonarista nos bastidores da política local e escancara cada vez mais sua aproximação com o presidente Jair Bolsonaro e seus filhos travessos, pelo visto, terá um osso duro de roer pela frente.
Político rejeitado pelo grupo do ex-governador Flávio Dino, Weverton se agarrou aos partidos da base bolsonarista e tenta sobreviver após as perdas políticas que teve ao longo da pré-campanha, sendo as principais delas as perdas dos apoios do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Othelino Neto (PCdoB), da senadora Eliziane Gama (Cidadania), de prefeitos, inclusive do PDT, e dos históricos do partido.
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